Com o passar da idade, os ossos ficam mais frágeis e o exame de densitometria óssea se torna uma obrigatoriedade. É ele que avalia estas estruturas e permite o tratamento adequado para evitar que elas se tornem frágeis a ponto de se romperem espontaneamente. A seguir, saiba tudo sobre este método diagnóstico.
O que é?
A Densitometria Óssea é um exame de imagem que usa radiação para medir a densidade dos ossos e, deste modo, avaliar a possibilidade de osteoporose.
Como funciona?
“O aparelho de densitometria óssea possui uma fonte de raios X que ‘atravessa’ o paciente”, explica o médico. “Por meio das diferenças de captação, a densidade mineral dos ossos é avaliada”.
Resumidamente, quanto mais denso o osso for, menos radiação chegará ao detector. Dessa forma, o aparelho entende que aquele osso é maciço.
Para que serve?
O exame de densitometria óssea quantifica a densidade mineral dos ossos e a partir dele é possível verificar a perda de massa óssea e identificar indivíduos com maior risco de fraturas, ajudando a investigar a osteoporose.
Além disso, existe a possibilidade de avaliar a composição corporal, permitindo analisar se as quantidades de massa magra e gordura, por exemplo, são adequadas ou não.
A Sociedade Internacional de Densitometria Clínica (ISCD) recomenda que o exame seja realizado naqueles com maior risco de fratura, isto é:
Mulheres acima de 65 anos e homens acima de 70 anos
Pessoas que possuem condições clínicas relacionadas à fragilidade óssea (fraturas prévias e doenças que provocam a desmineralização do osso – como artrite reumatoide, doenças inflamatórias intestinais, hipertireoidismoe hiperparatireoidismo primário, por exemplo)
Pessoas em uso de certos tipos de medicamentos, como glicocorticoides e anticonvulsivantes
A indicação da realização do exame deve ser feita sempre em consulta com médico.
Como é feito?
O exame de densitometria é relativamente simples de ser feito e não exige grandes preparativos.
Preparo
No dia do exame de densitometria óssea, evite joias, sutiãs com aros de ferro e roupas com botões ou fivelas de metal, pois podem inferir no resultado.
É recomendado também que a pessoa não tome qualquer suplementação de cálcio no dia, pois pode aparecer no exame da coluna e interferir no resultado.
Já pessoas que realizaram exame com contraste recentemente devem esperar até duas semanas para sua completa eliminação, a fim de evitar interferências na avaliação.
Vale lembrar ainda que há limites de peso que devem ser respeitados, em geral de 125 kg, mas os aparelhos mais modernos suportam até 200 kg.
Procedimento
O exame é realizado em aparelhos de densitometria óssea expondo o paciente à radiação mínima. A duração é de 10 a 15 minutos e a pessoa fica deitada sobre uma mesa.
Não há contato de partes do aparelho com o paciente e nem necessidade de se entrar em um “tubo”, como acontece na ressonância magnética.
Dói?
A densitometria óssea não causa desconforto algum, a não ser que o paciente tenha dificuldade em permanecer na mesma posição pelo tempo necessário no momento do exame. No entanto, isso não significa que o desconforto esteja diretamente relacionado à densitometria, mas que ele já existia anteriormente.
Frequência da densitometria óssea
A periodicidade da realização da densitometria óssea é variável, visto que não há estudos que a definam.
Geralmente, estabelece-se o intervalo de dois anos entre cada exame, mas pessoas em tratamento medicamentosos podem necessitar da análise com mais frequência.
Resultados possíveis
T-Score
Na população com fatores de risco para osteoporose (mulheres na pós-menopausa e homens com mais de 50 anos), utiliza-se o valor do T-score, uma comparação da massa óssea do paciente com a média da massa óssea de indivíduos jovens para avaliar o resultado da densitometria.
Valor de 0 a -1,0
Considerado normal.
Valor entre -1,1 e -2,4
Osteopenia (perda de massa óssea que pode levar à osteoporose).
Abaixo de -2,5
Osteoporose.
Z-Score
Nas mulheres pré-menopausa e homens com menos de 50 anos, é usado o Z-score, que compara com indivíduos do mesmo sexo e idade.
Acima de -2.0
Normal.
Abaixo de -2,0
Abaixo dos padrões para a idade.
Riscos
Segundo o médico, a radiação envolvida no exame é bem baixa – até menor do que a do raio X. “Em uma viagem de avião de São Paulo até Recife, por exemplo, recebe-se mais radiação devido à proximidade com raios solares do que por meio da densitometria óssea”.
O risco, deste modo, é para gestantes que realizem este exame, visto que pode haver malformação fetal.
Tem alguma contraindicação?
Existe contraindicação absoluta para mulheres grávidas ou com suspeita de gravidez por causa da radiação envolvida no exame.
Ainda, durante o período de lactação e após o retorno dos ciclos menstruais existe uma perda fisiológica. Ou seja, a massa óssea só voltará ao patamar anterior à gestação dentro de um a dois anos. Por isso, não é recomendada a monitorização de rotina com densitometria durante o período, apenas em situações de fraturas ou fatores de risco.
Algum efeito colateral?
O exame em si não causa efeitos colaterais, mas o fato de permanecer por período determinado na mesma posição ou ser manipulado e posicionado pode causar desconforto, principalmente se já houver lesão ou fratura prévia.
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